sexta-feira, 11 de junho de 2010

A VIVÊNCIA DO SENTIMENTO AMOROSO

Historicamente, o amor tem sido, durante séculos, um dos mais declamados, procurados ou mesmo desejados sentimentos relacionados ao comportamento humano. Por muitas vezes referenciado como uma das razões de viver, ou de sofrer, ele tem sido responsabilizado tanto pelas felicidades humanas quanto por suas mazelas.
Existem várias perspectivas para compreender o amor. Para iniciarmos esta análise, vamos partir de um clássico sobre o assunto: o livro de Dennis de Rougement (1939/2003). Este pensador suíço, nascido no ano de 1906, escreveu a obra A história do amor no ocidente, publicada em 1939 e considerada, por muitos autores, uma das mais importantes do século XX sobre a temática do amor. Para realizar sua análise, o autor partiu do mito de Tristão e Isolda. Em seu estudo, revelou que a ideia de amor reinante em nossos dias é relativamente nova, tendo surgido em torno do século XII e estando fortemente marcada por características ocidentais. Isso não quer dizer que não existia relação integrada entre o afeto e a sexualidade, como nos revela o pensamento grego a partir da leitura de Foucault (1998, 1999); mas o que é significativo aqui é que, a partir do século XII, o amor passa a ter uma identidade que lhe dá certa autonomia e liberdade com relação às interações sociais. A partir desse momento, parece que o amor não necessitava de outros ingredientes. Ele bastava a si mesmo.

O "amor romântico" se constitui, assim, como aquele que nunca alcança a correspondência, continuando como uma busca contínua.  Cita o exemplo do romance de Tristão e Isolda, a mesma obra analisada por Denis de Rougement, apontando que, nesse mito, o amor é percebido como uma doença da alma, que pessoas como Isolda, personagem do romance, decidem contrair. Podemos perceber isso a partir do que os estoicos pensavam sobre o amor.

Segundo Freire Costa (1998), estas informações são importantes para podermos compreender que hoje se vive com base em concepções do amor romântico que fazem uma "mistura de ilusão e realidade, de ganhos e perdas, de avanços, paradas e recuos no campo das relações humanas" (1998: 150). Assim, o amor, segundo o autor, "é suporte de predicação moral" (Idem: 161) e tanto pode representar felicidade quanto sofrimento

                                                                          Artigo de Leandro Castro OltramariI
                                                                          Psicologia em Estudo -version ISSN 1413-7372

                                                                        Psicol. estud. vol.14 no.4 Maringá Oct./Dec. 2009
Leia mais:

Rougement, D. (2003). História do amor no ocidente. (P. Brandi, E. B. Cachapuz, Trad.). São Paulo: Ediouro. [ Links ]

Qual o tipo de relação que pais e filhos desenvolvem e que favorecem o aparecimento de comportamentos anti -sociais?

Qual o tipo de relação que pais e filhos desenvolvem e que favorecem o aparecimento de comportamentos delinqüentes e anti -sociais?


As dificuldades em resolver seus próprios problemas emocionais e superar vivências traumáticas e aversivas levam os pais a apresentarem atitudes inconscientes que favorecem o desenvolvimento de comportamentos delinqüentes nos filhos. .Entre essas ações, destaca-se;

• -maus tratos, abuso e negligencia nos cuidados do filho

• superproteção e permissividade sem limites

• rejeição a maternidade ou paternidade

• pouca ou nenhuma conversa, nem demonstração de afeto

• interagir com o filho apenas para puni=lo ou castiga-lo

• uso de punição intensa, tanto verbal como física

• Castigar o filho, e o castigo não ter nada haver com o comportamento inadequado Por exemplo, o filho roubou o dinheiro dos pais, uma conseqüência interessante seria privá-lo da sua mesada do mês, ou de comprar algo aquele mês e pagar os pais com esse dinheiro..

Infelizmente, muitos tem pregado a pedagogia das palmadas, como se bater ensinasse ao filho a agir de forma correta e a entender seu erro. A conseqüência tem que ter, mas ela precisa ensinar a criança a mudar de conduta. Agredir ensina a criança, que a agressão pode fazer as pessoas parem de fazer algo e ela pode usar esse modelo fora de casa.



A experiência dos pais com a sua família ( seu pais ) influência na forma com que irá educar seus filhos?

As história de vida dos pais, em sua infância com seus pais e parentes significativos, formarão a sua imagem sobre qual o papel do pai, e qual o papel da mãe. O modelo de pai e mãe que recebeu irá influenciar no desenvolvimento do seu papel se “ser pai “.



A irritabilidade pessoal decorrente do stress do dia a dia influencia na relação pai-filho ?

O stress decorrente do estilo de vida atual, em que os pais passam maior parte do tempo envolvidos com pressões e conflitos no ambiente de trabalho ou decorrente de problemas conjugais ou econômicos não apenas influência, como prejudica a relação pai-filho.



Necessariamente pais que trabalham fora, acabam prejudicando a educação e aconselhamento dos filhos ?

Uma atitude importante, é saber aproveitar adequadamente o pequeno período de tempo que está com os filhos, quantidade, não é qualidade. Valorizar momentos juntos, deixar a televisão e a internet de lado pode sobrar tempo para os pais conhecerem seus filhos e os filhos a interagirem com seus pais.

Estamos esperando a sua carta ou o seu email, e porque iremos publicar assuntos do seu interesse !

Reflexões Psy- O que é o amor ? A conjugalidade ? A paixão ?

Aproveitando que estou fazendo alguns fichamentos para a minha dissertação e que amanhã será Dia dos Namorados...vou disponilizar alguns conceitos e discussãos de pesquisadores reconhecidos na área.

Bozon (2005) afirma que a compreensão do que seja o amor deve partir da idéia de uma prática social, cotidiana, de um roteiro. Uma das primeiras ações definidoras deste contexto são as informações ou trocas de confidências quando as pessoas estão se conhecendo Os amantes vão concedendo a pequenos gestos, como envio de fotos, de pequenas cartas (hoje e-mails), entre outros, que, de uma forma mais consistente, irão constituindo a relação amorosa não como algo místico, mas sim, como uma construção passo a passo, na interação de um com o outro.

Seguindo ainda o raciocínio de Bozon, o sociólogo alemão Niklas Luhmann, que foi aluno de Jurgen Habermas, em seu texto Amour comme passion,originalmente publicado em 1982, diz que o amor é uma relação de comunicação interpessoal e social entre as pessoas. Ele não deve ser compreendido, ou mesmo tratado, como sentimento; é um código simbólico que informa sob que condições o sujeito irá amar outra pessoa. O autor revela que o amor passa a ser percebido como uma fonte de informações, e não mais como uma invenção mental. O que se pensa hoje sobre o amor é que constitui um sentimento que existe antes mesmo de os sujeitos encontrarem um parceiro, pois há um código partilhado, que é construído anonimamente por todas as pessoas e é comum a todos. Para Lhumann, o amor "permite ao outro dar alguma coisa precisamente sendo tal como ela é" (Luhmann, 1990, p. 40).


Aproveitem para ler as bibliografias da área:
Bozon, M. (2001a) Les cadres sociaux de la sexualité. Dans Sociétés contemporaines. 41-42, 5-9. [ Links ]


Bozon, M. (2001c) Sexuality, gender and the couple: a sociohistorical perpective. In Annual Review of sex research, (12) 1-30. [ Links ]

Bozon, M. (2005). Supplément à um post-scriptum de Pierre Bourdieu sur lamour ou peut-on um théorie damour comme pratique (mimeo). [ Links ]

Bozon, M. (2004b). Sociologia da sexualidade. Rio de Janeiro: FGV. [ Links ]

Bozon, M. (2001b). Orientations intimes et construtions de soi. Pluralité et divergences dans les expressions de la sexualiaté . Em Sociétés contemporaines. 41-42, 11-40.

Kaufmann, J-C. (2003). Sociologie du couple. Paris: PUF. [ Links ]


Luhmann, N. (1990). Amour comme passion: de la codification de l`intimite. Paris: Aubier. [ Links

Desmestificando a Intimidade

Aproveitando que estou realizando um fichamento dos textos da área e amanhã é Dia dos Namorados...vamos abrir um espaço para discussão

O que mais caracteriza a intimidade, segundo a Psicóloga  Brehm citada na postagem anterior é o fato de as relações de intimidade, que se intitulam amor, surgirem dentro dos aspectos de comunicação interpessoal. O amor se estrutura a partir daí. A comunicação tem uma importante tarefa, que é o revelar-se ao outro. Ela argumenta que existe, para os amantes, um abrir-se ao outro, para mostrar-se quem é. De alguma forma, a exposição faz com que se alimente a confiança entre as pessoas.

Podemos afirmar, mediante as informações elencadas, que as relações de intimidade dentro da conjugalidade estabelecem o que podemos compreender como um contrato. Não se trata, entretanto, de um contrato pela tradição, mas sim, de um contrato pela vontade de estar junto com o outro. Segundo Bozon (2001c), o casamento é um contrato contínuo que prevê o envolvimento dos companheiros. O amor e o sexo têm papel primordial dentro desse contrato

Relações íntimas e amor ?

As "relações íntimas", citadas por Bozon  podem ser compreendidas a partir da psicóloga social Sharon Brehm (1991). Segundo essa autora, existe uma necessidade de compreensão das relações íntimas como uma forma de interação social que ela identifica como troca; ou seja, existem, segundo ela, recompensas, custos e troca social em qualquer relação que suponha algum tipo de intimidade. As recompensas são classificadas por determinados atributos, como as características físicas do companheiro, beleza, inteligência, assim como a atenção dispensada pelo companheiro ou ainda o auxílio prestado em algum momento da vida. Os recursos também podem ser financeiros, inclusive em determinados tipos de relação. Os casais, portanto, estabelecem redes de relações nas quais os laços íntimos se constituem a partir dessas características de trocas.


É claro que essas redes de relações vão sendo constituídas dentro de um universo de interações, que é complexo, com intensas aproximações e afastamentos entre as pessoas que se relacionam conjugalmente. Por exemplo, Brehm diz que a relação do casal se caracteriza por atribuições sobre o que um pensa em relação ao outro e, ainda, sobre o relacionamento entre ambos. Segundo ela, o relacionamento conjugal é percebido como uma troca íntima de comunicação entre as pessoas.

Conheçam mais sobre o assunto !!!

Bozon, M. (2001a) Les cadres sociaux de la sexualité. Dans Sociétés contemporaines. 41-42, 5-9. [ Links ]
Bozon, M. (2001c) Sexuality, gender and the couple: a sociohistorical perpective. In Annual Review of sex research, (12) 1-30. [ Links ]

Bozon, M. (2005). Supplément à um post-scriptum de Pierre Bourdieu sur lamour ou peut-on um théorie damour comme pratique (mimeo). [ Links ]

Bozon, M. (2004b). Sociologia da sexualidade. Rio de Janeiro: FGV. [ Links ]

Bozon, M. (2001b). Orientations intimes et construtions de soi. Pluralité et divergences dans les expressions de la sexualiaté . Em Sociétés contemporaines. 41-42, 11-40. [ Links ]

Reflexões Psy...A idéia contemporânea de amor

Aproveitando que estou realizando um fichamento dos textos da área e amanhã é Dia dos Namorados...vamos abrir um espaço para discussão.

Vale ressaltar que a ideia de amor não correspondido é a tônica dos principais romances da cultura ocidental. Para Borges (2004), a literatura amorosa representa uma grande contribuição para entender como o amor é compreendido na Modernidade. A autora usa como exemplo a obra de Goethe Os sofrimentos do jovem Werther, que, segundo ela, foi causadora de inúmeros suicídios no século XVIII. Tal livro trata da dor de um amor não correspondido.

Segundo Borges, a ideia contemporânea de amor surge do pensamento grego, que pressupõe três tipos de amor: Eros, philia e caritas. Eros é originado do pensamento platônico e lembra o amor romântico, aquele que talvez seja o mais próximo deste conhecido atualmente. Este tipo de amor está ligado à falta, ou seja, ao sofrimento. Seria aquele amor que busca ser alcançado. Já o amor philia está próximo ao pensamento de Aristóteles e encontra-se relacionado a um desejo de partilhar a companhia do outro, principalmente se for através da virtude. É querer o bem do outro. Por último, o amor ágape ou caritas,que está mais próximo da philia, é um amor que está atrelado ao bem do outro, muito próximo do humanismo cristão. Assim, gostar de alguém seria amar esta pessoa incondicionalmente e só lhe fazer o bem. O amado nada mais é, para o amante, que alguém a quem ele deseja fazer o bem.

Borges, M. L. (2004). Amor. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. [ Links ]

Saúde da família; Promovendo a relação entre pais e filhos

                                                 Saúde da família; Promovendo a relação entre pais e filhos

Em resposta ao email enviado por um leitor ao jornal Estadão do Norte (Coluna desta articulista), estaremos conversando sobre saúde emocional na interação entre pais e filhos com dificuldades de relacionamento. É importante relembrar que as cartas e emails recebidos são tratados com confidencialidade e visando garantir o sigilo e a privacidade dos envolvidos, os dados dos casos serão alterados
Segundo o leitor, o mesmo possui um filho de 19 anos, que esta envolvido com colegas agressivos, vândalos e que usam drogas. O pai relata que o filho está sempre revoltado, não obedece suas ordens, e quando questionado agredi verbalmente e costuma quebrar objetos de valor pessoal dos pais. Relatou também que o filho desistiu de estudar e ultimamente anda “pegando’ dinheiro escondido. O último episódio do filho foi ficar vários dias fora de casa sem avisar a família, o que culminou em um problema policial envolvendo agressão a uma menor de idade. O pai questiona, se realmente um acompanhamento psicológico pode mudar a conduta do filho e se seu filho é um delinqüente.

Sim, o psicólogo faz acompanhamento psicoterápico entre pais e filhos, e o objetivo principal é conhecer as dificuldades de relacionamento da família, como isso favoreceu o desenvolvimento destas condutas no filho e como alterar essas interações gerando maior aproximação positiva entre pais e filhos. A abordagem comportamental da psicologia tem empregado técnicas eficazes e rápidas para lidar com essas situações de crise. . Usualmente desenvolve-se um programa com objetivos e tarefas definidos, como por exemplo gerar a mudança de comportamento e pensamentos irracionais, visando desenvolver relacionamentos mais sadios, ensinando os indivíduos a se comportar de forma mais eficaz diante das situações estressantes. O interessante é que está abordagem prevê o desenvolvimento do processo terapêutico fora do consultório, vivenciando as dificuldades e conhecendo mais precisamente a relação do cliente com seu ambiente .



O meu filho é delinqüente ?

Quanto a questão do seu filho ser considerado delinqüente ou não, essas nomenclaturas são usadas apenas para sistematizar um conjunto de comportamentos ou sintomas mais comuns.e facilitar a caracterização do problema. O que importa é que seu filho não nasceu com essas “características “, e elas podem ser mudadas com o auxilio da família, com orientação psicológica, com o engajamento em grupos religiosos e de auto ajuda .

O envolvimento com atividades esportivas, artes e outros robes também apoiam muito o trabalho terapêutico, e a família deve facilitar esses novos vínculos.. Neste momento de crise familiar, é imprescindível não ficar procurando “culpados:”, nem lamentando o que não foi feito. Sabemos que os pais tem suas limitações e seus problemas pessoais e não agem conscientemente no sentido de prejudicar seus filhos. Os filhos também precisam aprender a se colocar no lugar dos pais e respeitar seus limites, colaborando para o amadurecimento da família.

O comportamento “delinqüente” pode ser definido como um conjunto de ações de um jovem de menos de 18 anos de idade, e que se caracteriza por violação dos direitos básicos dos outros.. Exemplos destas ações pode ser a ocorrência freqüente de comportamentos de mentir, não sentir culpa ao fazer algo danoso com os outros, envolver-se com outros garotas e (as) que se envolvem em encrencas, brigas, episódios agressivos, fugir de casa, roubar dinheiro, provocar incêndios ou outros comportamentos inadequados em casa e na rua. Usar freqüentemente linguagem pesada e obscena, pensar demais em sexo ou fazê-lo de forma imprópria usar álcool ou outras drogas. Faltar às aulas ou fugir da escola, [podendo apresentar paralelamente déficit em habilidades socais e cognitivas e fracasso escolar sistemático. Seus precursores podem ser a desobediência, a oposição aos pais e a agressividade dentro e fora de casa, na idade pré- escolar.

Treinamento vivencial “virtual”: Enfoque na equipe


Treinamento vivencial “virtual”: Enfoque na equipe


Dentro de uma nova realidade de gestão do conhecimento, as Universidades Corporativas tem estimulado, cada vez mais, a realização de treinamentos vivenciais para fortalecer a importância das equipes de trabalho, sejam eles reais ou virtuais. Neste sentido, o próprio conceito do que vem a ser um treinamento vivencial, com as pessoas fisicamente no mesmo local, realizando tarefas desafiadoras e em grupo, têm ganhado traços de virtualidade, com a introdução de programas que simulam situações vivenciais. Ressalta-se mais uma vez, que o que importa, não é exatamente a presença física de um grupo durante um processo de desenvolvimento, e sim o processo de integração que este grupo possui.

Em um treinamento vivencial, os participantes aprendem a enfrentar obstáculos, a se auto avaliar, a identificar as qualidades dos seus companheiros a encarar positivamente as mudanças que ocorrem nas empresas, e passam a realizar mudanças pessoais também, através da conscientização criada quando são retirados de sua “zona de conforto” - que significaria estar o tempo todo em seu local de trabalho. São produzidas situações lúdicas e estressantes que tiram as equipes de sua zona de conforto, visando criar momento em que a aprendizagem se torne particularmente eficaz.

Esse tipo de programa de treinamento ainda apresenta maneiras pouco ortodoxas de transmitir conceitos simples, principalmente sobre o poder da influência de uma boa gerência dentro da empresa, abordando a importância do feedback positivo, de ouvir mais e melhor uns aos outros, a transmissão de confiança a todos da equipe, a delegação de poderes, a auto-avaliação, entre outros itens. É um excelente instrumento de aprendizagem pessoal e em grupo.

São utilizadas técnicas educacionais inovadoras no meio empresarial, desenvolvendo e fixando o conhecimento através de vivências ao ar livre, intercaladas por “Fórum de Debates”. É preciso desenvolver nos participantes habilidades essenciais ao sucesso de qualquer organização - gosto pelo desafio, trabalho em equipe, inovação, capacidade de liderança, planejamento e tomada de decisão.

Um bom programa de treinamento deve estimular no participante a capacidade de pensar e tomar decisões a partir da sua própria vivência e experiência. E isso deve ser feito de tal forma que o processo de aprendizagem se amplie além da sala de aula, integrando pensamento estratégico, intuição, técnica, intelecto, ciência e muito bom senso.

A realização de atividades metafóricas e o uso de “experiências físicas” como, rapel, canoagem, circuito de obstáculos acabam sendo excelentes instrumentos de aprendizagem pessoal e em grupo.

Sugestões e dúvidas; Email: anapamamartinez@yahoo.com.br
Ana Paula Martinez Jordão
Psicóloga
Mestre Ed. Especial - UFSCar
Pós Graduada em Gestão Organizacional e RH- DEP-UFSCAR

Por que geralmente funcionário público é desmotivado ?



SAÚDE NO TRABALHO ; AS PESSOAS NÃO TRABALHAM POR QUE SÃO DESMOTIVADAS OU O TRABALHO DESMOTIVADOR FAZ AS PESSOAS NÃO TRABALHAREM ?    Texto Ana Paula Martinez Jordão
O email que iremos responder hoje, foi enviado por um leitor (C ) que trabalha em uma instituição pública. O mesmo relata que está trabalhando há sete meses nesta instituição (contrato por tempo determinado) e percebe que uma porcentagem significativa dos profissionais são desmotivados, improdutivos e resistentes a mudanças. Quando tenta mudar algo para facilitar o trabalho encontra barreiras absurdas e entra em conflito principalmente com alguns profissionais que são concursados. Inicialmente C pensou que o fato dos funcionários terem seus “empregos eternos” , levava a esse tipo de postura profissional. Com o tempo, começou a perceber, que mesmo os funcionários recém contratos, também estavam desmotivados, produzindo cada vez menos e desperdiçando material. Relata que o ambiente de trabalho é “pesado”, as pessoas falam mal umas das outras, vivem mal humoradas e que os profissionais não conseguem trabalhar em equipe, prejudicando a qualidade do atendimento na instituição. Enfatizou que ficou várias vezes doente neste período e que os demais funcionários também vivem constantemente reclamando de doenças.



A pergunta de C é; “Assisti uma reportagem na TV sobre psicologia na trabalho numa repartição pública no interior de Minas Gerais, onde os profissionais trabalhavam em equipe, fazendo uma integração entre diferentes áreas. Percebi pelos depoimentos que as pessoas eram motivadas, e que o trabalho da psicóloga ajudou esta instituição. Você acredita que existem pessoas que já nascem motivadas ? A motivação tem haver com a personalidade da pessoa ou a convivência com outros profissionais desmotivados prejudica os relacionamentos no trabalho ?



Pesquisas apontam que um dos fatores que contribuíram de forma significativa para a crise motivacional que aflige as instituições são as concepções incorretas sobre motivação.

Algumas destas concepções incorretas e que muitos profissionais defendem podem ser apontadas abaixo;



- Algumas pessoas são motivadas outras não- Acredita-se que a motivação é uma característica da personalidade e que não pode ser mudada. Ou você nasce motivado, ou esta fadado a desmotivação e desânimo.



- Enfatizam as recompensas financeiras como geradoras de motivação- A abordagem mais empregada para lidar com motivação enfatiza apenas o materialismo, ou seja, que apenas um ótimo salário, benefícios,, bonificações, status ou privilégios pode fazer as pessoas ficarem motivadas. Um outro fator complicador é que geralmente recompensa-se fatores inadequados que os trabalhadores demonstram como (freqüência no trabalho, tempo de serviço, conformidade e desempenho mínimo).. Verifica-se sentimentos de injustiça entre os funcionários que realmente produzem mais, que prestam um serviço com qualidade e favorecem o trabalho dos demais com idéias e condutas criativas e motivadoras. Para que se empenhar no trabalho, se apenas os funcionários antigos serão recompensados ? O melhor é empurrar com a barriga até arrumar algo melhor !!!

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- Ameaças e Punições são os únicos instrumentos eficazes para fazer as pessoas agirem como se estivessem motivadas O emprego inadequado de recompensas sem resultados satisfatórios para os comportamentos leva alguns gerentes a recorrem ao uso de ameaças e punições. A curto prazo, a ameaça parece ser eficaz, intimidando e amedrontando os funcionários, fazendo com que o ameaçador se sinta seguro e acredite na sua estratégia.. Com o tempo, a agressão e ameaça começam a gerar angústia, revolta e desmotivação dos funcionários.



- Funcionários felizes são funcionários motivados

- Essa concepção com certeza é a mais insidiosa de todas porque foi a grande responsável pelo excesso de privilégios não contingentes a qualidade do trabalho. Algumas empresas tiveram que demitir um grande número de funcionários porque a gerência confundiu satisfação e motivação com felicidade, recompensando atitudes inadequadas dos funcionários. Quanto mais alta a recompensa, maior a frustração se a recompensa futura não satisfazer ao funcionário. Será que apenas o dinheiro traz a felicidade e a motivação ? A realidade demonstrou que não.

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- A motivação é responsabilidade do departamento pessoal ou do supervisor-Infelizmente um grande número de diretores, gerentes e supervisores empregam o seu tempo gerenciando projetos, processos, instalações e não aprendem a gerenciar pessoas. Realmente lidar com pessoas é muito mais complexo do que lidar com máquinas e papéis. Cada indivíduo é um ser singular, e sua história de vida lhe ensinou a entender o mundo de forma diferente. Delegam para o setor de RH a responsabilidade da qualidade das interações e a satisfação no trabalho.



-Para motivar só é preciso ter bom senso - Uma pesquisa realizada com executivos norte-americanos indicou que para 70% dos diretores executivos, trabalhar a motivação é algo tido como simples e intuitivo e que não precisa de instrumentos de medição. Mas a mesma pesquisa demonstra o alto índice de empresas fechando as suas portas, funcionários produzindo cada vez menos, envolvidos em acidentes do trabalho

Ao contrario do que muitos pensam e agem, motivação é o processo pelo qual as pessoas são movidas a assumir determinados comportamentos. É a disposição para executar tarefas no trabalho. Segundo estudiosos da área motivação é o que: (1) dá energia – propensão, compulsão, (2) direciona– comportamento que tem um propósito, um objetivo, (3) produz comportamento persistente – persistência em atingir os objetivos.

As teorias sobre motivação podem estar situada entre dois extremos. Em um extremo as Teorias de traços de personalidade, que defendem a idéia de que algumas pessoas são mais motivadas que outras. Empresas que adotam essa teoria acreditam que a única forma de ter funcionários motivados é selecionar funcionários com essa característica de personalidade e despedir os desmotivados. No outro extremo estão as Teoria de influências externas, apontando que a motivação é afetada por condições de trabalho, clareza das expectativas e metas, tipo de supervisão, salário, relacionamento social, etc.

Algumas ações que podem ser tomadas para enriquecer o trabalho são; a-) Juntar tarefas para formar unidades naturais de trabalho; b-) Aumentar o controle do empregado sobre os seu trabalho, c-) Aumentar a responsabilidade direta do empregado pelos resultados do seu trabalho, d-) Aumentar o feedback acerca do desempenho no trabalho, e-) Criar condições para crescimento profissional, f-) Dar oportunidade para o empregado se tornar um especialista.

Essas ações podem aumentar os sentimentos de responsabilidade, conquista, de reconhecimento, de crescimento e de estar aprendendo coisas novas.

Seu filho é superansioso ?

Problemas de comportamentos superansioso na Infância

                                                                       Texto de Ana Paula M Jordão


Tenho recebido muitos emails de pais solicitando informações sobre depressão infantil, autismo, comportamentos agressivos, problemas de comunicação entre pais e filhos e por isso estamos dando prioridade a esclarecer e auxiliar casos envolvendo este tipo de interação .Mas iremos responder todas as solicitações, por isso continuem enviando cartas ou email para o Jornal Maré. Estou sentindo falta do público adolescente e da participação das mulheres questionado suas próprias dificuldades.

Sou médica e tive uma formação muito rígida. Meus pais eram pobres mas conseguiram formar todas os filhos. Minha mãe era professora de história e meu pai professor de educação física e sempre exigiram que tivéssemos excelentes notas e que fossemos os melhores alunos da turma. Sofri muito com isso, porque não gostava de estudar e tinha dificuldade em aprender matemática e física e era castigada e punida por isso. Hoje sou mãe tenho um filho de 9 anos que é muito ansioso e anda tendo muitos pesadelos. Ele gosta muito de estudar, adora livros, nem parece criança. É o primeiro aluno da classe e já ganhou prêmio em uma olimpíada de matemática.. Meu relacionamento com ele e com o meu marido é muito bom, não sei por que ele está sempre ansioso, alerta e agora com pesadelos que o leva a acordar gritando. O que geralmente leva este tipo de conduta ?

Crianças cujo comportamento é exageradamente ansioso em geral apresentam distúrbios emocionais. Os comportamentos indicativos da existência de problemas emocionais são estados crônicos de ansiedade, excesso de medos irreais, pesadelos, sonolência, comportamentos conformistas ou de busca de aprovação. Pelo que descreveu, seu filho está ansioso, sempre em alerta, é o primeiro aluno da classe, gosta muito de ler....NEM PARECE CRIANçA, possivelmente esteja procurando sempre sua aprovação e a aprovação dos outros com comportamentos que chamam atenção e se destaquem dos demais alunos.

O exemplo mais ilustrativo desses casos é um tipo de reação fóbica nos primeiros anos escolares. Algumas crianças de seis anos desenvolvem fobia à escola e não conseguem frequentá-la. A ansiedade pode ter origem no pai ou na mãe e pode ocorrer particularmente em famílias de classe média em que os pais são ambiciosos e têm expectativas muito altas quanto ao comportamento e o desempenho de seus filhos. A criança poderá sentir que precisa alcançar certas metas para receber o amor e a afeição de seus pais. Esses sentimentos poderão provocar uma atitude de dependência exagerada em relação aos pais, levando a criança a ter a atitude de ficar tentando agradá-lo, uma vez que são sua fonte maior de segurança. Os padrões de resposta da criança em relação as ansiedade podem formar as bases para o desenvolvimento de uma futura psiconeurose, a não ser que se aprenda novos padrões de reação à ansiedade através da intervenção terapêutica.

As reações ansiosas mais graves podem expressar-se através de comportamentos psicossomáticos. Crianças extremamente ansiosas podem sofrer de diarréia, náusea, dores de cabeça e uma variedade de outros problemas somáticos que não passam de manifestação da ansiedade ante situações estressantes.

.Muitos problemas de reação de ansiedade em crianças não são graves o suficiente para justificar o uso de medicamentos “pesados”. O processo de tratamento poderá ser uma psicoterapia individual . e os pais precisarão de aconselhamento. A terapia de família também é também um importante meio de intervenção em distúrbios emocionais quando abordarmos o tratamento de crianças emocionalmente perturbadas

terça-feira, 8 de junho de 2010

O que o Psicólogo Comportamental faz nas organizações ?

Gerenciamento Comportamental das Organizações

As organizações estão vivenciando importantes processos de mudanças nem sempre iniciados dentro da própria estrutura da empresa, mas forçada pela necessidade de competir e sobreviver num mercado dinâmico, globalizado e principalmente exigente. As exigências do mercado levaram as organizações a modificarem a sua estrutura e o seu enfoque, antes o enfoque era no produto e na tecnologia, na organização e burocracia, na produção em massa e economia de escala, enfatizando a mão de obra e a supervalorização do chefe que esta no topo da pirâmide. Hoje enfoca-se no cliente em primeiro lugar e no mercado, nos negócios/empreededorismo, na manufatura flexível /pequenos lotes, valoriza-se a pessoa e estimula e reconhece o trabalho em grupo
O desafio no final do Séc. XX é transformar pirâmides organizacionais em círculos de trabalho. Estas talvez sejam as figuras mais representativas do que esta acontecendo nas empresas, como via para o equilíbrio e a harmonia. O crescimento do papel dos grupos, organizados em células e mini-fábricas, unidades de negócios e equipes estão exigindo uma verdadeira reeducação dos trabalhadores. Decidir, criar, negociar e conviver em grupo exigem aprendizagem constante.
Neste contexto a área da Psicologia Organizacional vem desenvolvendo, ao longo dos anos metodologias de pesquisa e técnicas de intervenção com o objetivo de dar suporte à administração das pessoas nas Organizações. Propondo programas de treinamento e capacitação, sistemas de remuneração, pesquisas de mercado e técnicas para desenvolver a qualidade total. Uma das áreas de pesquisa e intervenção é o Gerenciamento Comportamental de Organizações, que aplica idéias Skinnerianas a análise de organizações, tanto públicas, quanto privadas, e baseia-se , principalmente, nas interações comportamentais e nos efeitos diretos ou indiretos que estes comportamentos têm sobre aquilo que a empresa realiza ou produz.
No campo da Análise do Comportamento de Organizações, outra área de pesquisa e aplicação que têm se preocupado com problemas organizacionais é a Performance Management (Gerenciamento de Desempenho). Esta é uma abordagem sistemática e empírica de gerenciamento de pessoas e que se baseia no reforçamento positivo como maneira mais eficiente de se maximizar a performance desejada. É a aplicação no ambiente de trabalho, das descobertas realizadas na Análise do Comportamento nos últimos anos, tendo como um de seus objetivos ensinar a administradores estes princípios para que eles sejam capazes de aplicar, sistematicamente, este conhecimento, produzindo performances que servirão aos objetivos da organização.
Um dos tópicos relacionados ao Gerenciamento Comportamental de Organizações é o sistema de treinamento. O treinamento envolve a mudança de comportamento do membro na empresa, visando sua contribuição para a organização como um todo. É uma maneira efetiva de se enfrentar mudanças constantes na economia e, principalmente, na tecnologia que vem rapidamente evoluindo e exigindo novas habilidades dos empregados. Ao contrario do que acontece na maioria dos treinamentos, um sistema efetivo de treinamento não envolve simplesmente um conjunto de informações precisas relativas ao que o funcionário deve fazer para a aquisição de novas habilidades, envolve também estratégias de feedback e reforçamento. Deve-se promover um acompanhamento efetivo durante o processo de treinamento garantindo que cada pequeno ganho do funcionário em direção às habilidades que ele deve adquirir sejam contingentemente reforçadas.
                                                                   Texto de Ana Paula Martinez Jordão

Ana Paula Martinez Jordão
Psicóloga Comportamental
Mestre em Educação Especial/UFSCar
Pós Graduada em Gestão Organizacional e Recursos Humanos

Dúvidas e sugestões post no blog ou envie email:anapamamartinez@yahoo.com.br







Psicólogos no domínio da economia comportamental !!

Não é por acaso que o orçamento do Obama propõe um programa ambicioso de matrícula automática em pensões aos locais de trabalho que não oferecem planos de aposentadoria, ou que seu pacote de estímulo econômico tem bilhões de dólares destinados para aparelhos que controlam consumo de energia. Ciência comportamental - em especial o crescente domínio da economia comportamental que foi popularizada pelos livros Freakonomics, The Wisdom of Crowds, Predictably Irrational, Nudge and Animal Spirits, que são os mais lidos no “mundo de Obama” - já estão modificando dezenas de políticas administrativass. “Isso realmente se aplica a todas as grandes áreas em que precisamos mudar”, diz o diretor do orçamento de Obama, Peter Orszag.


Orszag foi um descarado geek [excentrico] comportamental desde que ele leu o estudo que embasa o programa de aposentadoria “401 (k)”. Seu substituto, Jeff Liebman de Harvard, é um importante economista comportamental, como também são o conselheiro econômico da Casa Brancaro Austan Goolsbee da Universidade de Chicago, o Secretário Adjunto do Tesouro Alan Krueger de Princeton e vários outros de seus principais assessores. Sunstein, foi nomeado para ser regulamentador do governo Obama. Mesmo o diretor do Conselhor Econômico Nacional Larry Summers tem feito trabalhos em finanças comportamentais. E o economista de Harvard Sendhil Mullainathan está organizando uma rede independente de peritos comportamentalistas para apresentar idéias políticas à Administração Federal.

Obama aprecia a motivação humana relacionada à organização social, e sua retórica muitas vezes soa como se fosse extraída de um livro sobre comportamento. Ele também leu o livro Nudge, que inspirou-lhe para escolher o seu amigo Sunstein - mais conhecido como um estudioso constitucional - para coordenar o Serviço de Informação e Assuntos Regulamentares, o obscuro mas influente departamento do Instituto de Gestão e Orçamento Federal, onde as regulamentações federais são revistas e reescritas. “Cass é uma das pessoas na Administração que ele melhor conhece”, diz Thaler, fundador do campo da economia comportamental e co-autor do livro Nudge. “Ele sabia o que estava fazendo quando deu a Cass esse trabalho.”

O primeiro sinal da mudança comportamentalista no governo veio à tona em 1 de abril, quando os americanos começaram a receber 116 bilhões de dólares provenientes de cortes de impostos de folha de pagamento pelo pacote de estímulo a economia. Obama não está enviando o retorno dos impostos pagos em apenas um cheque anual. Razão para isso: o objetivo do pacote é incentivar os gastos dos consumidores, e as pesquisas mostram que somos mais propensos a poupar dinheiro ao invés de gastá-lo quando recebemos uma grande quantia. Em vez de entregar uma grande quantia única aos trabalhadores, Obama assegurou que os cortes fiscais serão pagos por meio de deduções graduais, de forma que o dinheiro chega como um pequeno aumento no salário do trabalhador. A idéia, explica um assessor, está em estimular as pessoas a gastar o dinheiro extra

Psicólogos Comportamentais e as decisões de Barack Obama



Todos sabemos que Obama ganhou a eleição por parecer mudança, soar como mudança e nunca parar sua campanha por mudança. Mas ele não declarava mudança apenas em Washington - ou mesmo mudança apenas nos Estados Unidos. A partir de suas declarações de que “mudança vem de baixo para cima” para suas advertências acerca de “uma era de profunda irresponsabilidade”, Obama apelou à mudança nos americanos [de seus comportamentos]. E não apenas nos banqueiros e agentes de seguro - mas em todos nós. Seu mantra “nós somos a mudança que estávamos esperando”, pode parecer como um dialeto da hora, mas estava de fato no cerne de sua agenda.

Na verdade, Obama está apostando sua presidência em nossa capacidade de mudar nossos comportamentos. Suas principais prioridades - economia, saúde e energia - dependem disso. Temos de gastar mais dinheiro agora para evitar uma depressão financeira a curto prazo e, em seguida, guardar mais dinheiro mais tarde, para garantir o futuro econômico de longo prazo. Temos que consumir menos energia para reduzir as nossas importações de petróleo e as emissões de carbono, bem como nossas despesas domésticas. Precisamos parar de fumar e evitar outros comportamentos arriscados que trazem danos à saúde das pessoas e aumentam os custos dos cuidados de saúde que estão devastando a “saúde fiscal” do país. Basicamente, nós precisamos fazer melhores escolhas - sobre hipotecas e cartões de crédito, seguros e planos de aposentadoria - assim não precisaremos de ajuda pelo caminho.

O problema, como qualquer pessoa que tenha um parente guloso ou um alcoolista na família, ou que estoura constantemente o limite do cartão de crédito sabe, é que velhos hábitos são difíceis de mudar. A tentação é forte. Nós somos fracos. Temos abundância de gurus, apresentadores de TV e celebridades nos dizendo para poupar energia, perder peso e viver com nossos próprios recursos, mas ainda estamos dependentes do petróleo, comida gordurosa e dívidas financeiras. É justo perguntar se somos mesmo capaz de mudar.

Mas as descobertas recentes da ciência sugerem que sim, nós podemos. Estudos de todos os tipos de fragilidades humanas estão revelando meios para ajudar pessoas a mudar - não só através de regras ou bonificações financeiras, mas também por meio de sutis incentivos que preservam a liberdade de fazer escolhas ao mesmo tempo que nos encoraja a tomar melhores decisões, desde a adesão a planos de aposentadoria (no original o autor utiliza a expressão 401(k), que nos EUA representa um plano específico de aposentadoria bancado pelas empresas e com incentivo fiscal do governo) que nos exigem optar por poupar ou não por uma boa aposentadoria a aparelhos que nos avisam quanta energia estamos consumindo. Esses incentivos podem desencadear grandes mudanças; em 2001, uma pesquisa mostra que apenas 36% das mulheres aderiram a planos de aposentadoria quando tinham que se inscrever por ele, mas quando eram automaticamente inseridas em um plano de aposentadoria [sem nenhum trabalho para se inscrever e tendo a opção por não aceitar], 86% optavam por aderir ao plano.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Psicólogos Behavioristas como Assessores na Gestão Comportamental de Obama.

 Psicólogos e Economistas Behavioristas já descreveram as melhores técnicas para assessoria política  visando a mudança e a consequente melhora na qualidade de vida dos cidadãos!!

" Pois quando você sabe o que faz as pessoas irem votar, é muito mais fácil ajudá-las a promover a mudança"


 
Duas semanas antes do dia de eleição, a campanha de Barack Obama mobilizou milhões de adeptos; era um pouco tarde para começar a reescrever o get-out-the-vote (”GOTV” - expressão utilizada em língua inglesa para se referir a campanhas pra estimular possíveis eleitores de um candidato a votar, já que o voto é facultativo nos EUA.) . “MAS, MAS, MAS…”, escreveu o diretor adjunto de campanha Mike Moffo para a coordenação nacional de GOTV de Obama, “…e se eu lhe dissesse que uma equipe mundialmente famosa de gênios cientistas, psicólogos e economistas já descreveram as melhores técnicas para um programa de GOTV?!?! Vocês estariam interessados em, pelo menos, dar uma olhada?” Claro que estMoffo enviou orientações e um exemplo de programa formulado por um conselho de cientistas comportamentais, um grupo consultivo “secreto” formado por 29 eminentes comportamentalistas dos EUA. A principal diretriz foi uma mensagem simples: “Uma grande participação dos eleitores é esperada”. Isso porque estudos realizados pelo psicólogo Robert Cialdini e outros membros de sua equipe que tinham encontrado o mais poderoso motivador para que clientes de hotéis reutilizem toalhas, para que os visitantes de parques nacionais se mantenham nas trilhas demarcadas e para que os cidadãos vão votar é a sugestão de que todos estão fazendo isso. “As pessoas querem fazer o que acham que outros irão fazer”, afirma Cialdini, autor do Best Seller Influence (Influência). “A campanha de Obama realmente teve isso.”

A existência deste dream team (time dos sonhos) de cientistas comportamentais - que também incluiu os famosos Dan Ariely do MIT (Autor de “Irracionalidade previsível”) e Richard Thaler e Cass Sunstein da Universidade de Chicago, bem como Prêmio Nobel Daniel Kahneman de Princeton - nunca foi divulgado publicamente, apesar de seus membros terem apresentado mensagens de apoio e doações públicas para a campanha de Obama, bem como auxiliado em mobilização de eleitores. Todas as propostas da equipe - entre elas a famosa loteria online para arrecadação em que pequenos eleitores concorriam à chance de ter um encontro presencial com Obama - vieram com notas de rodapé citando dados de pesquisas científicas relacionadas. “Foi incrível ter estas propostas nos dizendo o que fazer e a ciência por trás delas”, diz Moffo à revista TIME. “Esses caras realmente sabem como fazer as pessoas votarem”.

Presidente Obama continua confiando na Ciência Comportamental. Mas agora sua Administração a está utilizando para transformar o país. Pois quando você sabe o que faz as pessoas irem votar, é muito mais fácil ajudá-las a promover a mudança


Artigo publicado na revista TIME em abril de 2009 e traduzido por Hélder Lima Gusso com colaboração de Murilo Garcia, Olavo Galvão e Angelo Sampaio. Agradecemos a bela iniciativa dos queridos pesquisadores e vamos acompanhando os próximos passos da Gestão do Presidente Obama !!

Discutindo os principios da Análise do Comportamento na Gestão Pública

    Discutindo os principios comportamentais na Gestão Pública...vamos criar grupos de discussão e acompanhar as reportagens do Presidente Obama.

No artigo publicado na TIME há muitas limitações que precisam ser identificadas e mesmo mal entendimentos do que é a aplicação de principios comportamentais na gestão pública. Por exemplo, ao final do texto, fala-se que “não importa se as pessoas economizam energia para salvar o planeta, para economizar dinheiro ou para fazer igual ao seus vizinhos; mas apenas que de fato economizem energia”.

Do ponto de vista comportamental, cada um desses motivos refere-se a um comportamento diferente, por mais que o produto final pareça o mesmo. Mas, se o plano de Obama é a construção de um país melhor, será mais apropriado formar cidadãos que identifiquem as consequências a longo-prazo de seus comportamentos e que fiquem sensíveis a essas consequencias a ponto de economizar energia para salvar o planeta. Fica a dúvida se os problemas identificados na reportagem são de mau entendidos da própria equipe de Obama (o que, pessoalmente, considero pouco provável por ser uma equipe altamente qualificada), ou de limitações do jornalista que redigiu a matéria…


Apesar de todas as limitações que o texto possa ter, ainda assim vale a pena examinar o que é esse novo referencial no Governo de Obama e suas múltiplas implicações. A construção de um país melhor passa pela mudança de comportamento de seus membros. E é isso que Obama parece estar tentando propiciar. O quanto suas estratégias podem ser aperfeiçoadas, é um problema que podemos avaliar…
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Artigo publicado na revista TIME em abril de 2009 e traduzido por Hélder Lima Gusso com colaboração de Murilo Garcia, Olavo Galvão e Angelo Sampaio. Agradecemos a bela iniciativa dos queridos pesquisadores e vamos acompanhando os próximos passos da Gestão do Presidente Obama !!

Psicólogos Comportamentais por trás de Barack Obama


“Estou lhe pedindo para acreditar.
Não apenas na minha habilidade para promover mudanças em Washington…


Estou pedindo para você acreditar na sua própria capacidade de mudar”

            Barack Obama  (mensagem em destaque na página oficial do presidente)

Mudança é a palavra de ordem do Governo Obama. Mas o que é que precisa ser modificado? As leis ou a burocracia de Washington? As políticas públicas? O comportamento dos governantes? Ou o comportamento de todo o povo americano?


Desde sua campanha, Obama deixou claro que as mudanças que estava propondo implicariam em uma radical mudança de referencial sobre o que é o Governo, sua função social e a sua relação com o dia-a-dia do povo que compõe a nação.A revista TIME de abril de 2009 publicou reportagem apresentando os fundamentos de parte daquilo que está orientando a gestão de Obama para lidar com a mudança. Não é de estranhar que uma grande equipe de psicólogos e economistas comportamentais sejam as referências orientadoras daquilo que está sendo proposto pelo novo presidente.A mudança de referencial, de um sistema econômico Neoclássico para a Economia Comportamental, implica em drásticas mudanças nas deliberações governamentais e na relação entre Estado e cidadãos. Na Economia Comportamental fica explicitado o grau de influência do Estado sobre as decisões que cada indivíduo toma em seu dia-a-dia. E isso assusta muita gente. Saber que o governo, de certa forma, controla as decisões que tomamos gera insegurança e desconfiança. Por outro lado, no sistema econômico neoclássico, também não estamos livres de controles. Mas esses, ao invés de serem exercidos pelo Estado, ficam sob os cuidados dos marketeiros e empresários que são livres para criar estimulações ou tabus sobre o que parece ser “certo” ou “errado”, “chato” ou “legal”, “in” ou “out”.

Somos humanos e qualquer uma de nossas decisões não é “livre”, no sentido de isentos de influências múltiplas. Levamos em consideração muitos aspectos para tomar uma decisão, por mais irracional que ela possa nos parecer. O que Obama ao adotar a Economia Comportamental como referencial para suas deliberações está fazendo é explicitar parte dessas influências que nos afetam e, principalmente, criar condições que ajudem as pessoas a optar por condutas mais compatíveis com aquilo que se considera ser um bem para a cultura.

Artigo publicado na revista TIME em abril de 2009 e traduzido por Hélder Lima Gusso com colaboração de Murilo Garcia, Olavo Galvão e Angelo Sampaio. Se você tiver sugestões de aperfeiçoamento ou correções dessa tradução, nos envie . 

domingo, 6 de junho de 2010

Jogadores de Futebol proclamam o nome de Deus, você já sentiu isso ?

Jogadores de Futebol proclamam o nome de Deus, você já sentiu a diferença ?
Cada vez mais os Jogadores evangélicos têm se destacado no cenário internacional.Nomes como Kaká,Edimilson,Mineiro,Lúcio,Zé Roberto são conhecidos internacionalmente pelo futebol apresentado.Porém, assim como o evangelho tem crescido por todo mundo o número de jogadores seguidores de Jesus Cristo também têm crescido na mesma proporção. Mas há um detalhe a ser resaltado:Teoricamente esses jogadores não “precisariam de Jesus”, pois têm dinheiro, mulheres bonitas e muita fama, é claro que ainda assim alguns se corrompem no meio desta fama mas por outro lado tem aqueles que conseguem se manter firmes mesmo em meio a tantas ofertas prazerosas.
Kaká que já foi eleito o melhor jogador do mundo, foi motivo de noticiário por semanas após ter declarado ter casado virgem.Este paulistando ganhou fama nacional e internacionalmente por seu comportamento exemplar no meio futebolístico.
Recentemente Kaká foi mais uma vez o alvo de câmeras e paparazzis do mundo inteiro, quando após receber uma proposta milionário no clube inglês Manchester city disse em entrevista que o dinheiro não é a coisa mais importante do mundo, e assim recusou aquela que seria a maior transação da história do futebol para ficar ao lado de sua familia , dos amigos e dos torcedores que conquistou na Itália.
O jogador Edimilson que recentemente chegou a S.E. Palmeiras, logo ao marcar o seu primeiro gol com a camisa do alviverde fez um gesto típico da maioria dos jogadores evangélicos; ergueu as mãos para o céu e agradeceu a Deus.
Na última copa do Brasil o jogador Carlinhos Bala do Sport de Recife ao ser entrevistado pelo reporte da TV Globo disse ao vivo que havia recebido uma visita do espirito Santo enquanto ia para o treino antes da final e que o Senhor havia lhe prometido que aquele seria o seu dia.Naquele dia Carlinhos Bala fez um gol na final e o seu time foi campeão. A lista é grande de jogadores cristãos para citar alguns Mineiro(ex-São Paulo),Zé Roberto (que possivelmente se tornará pastor),Evair(ex-Palmeiras),Odair(ex-seleção Brasileira)Paulo Sergio(campeão mundial pela seleção em 94),Silas(hoje técnico do Avaí).
Mas além de levar o nome de Cristo à todos os lugares do mundo esses jogadores têm uma coisa em comum:carreiras vitoriosas.
E assim Jesus vai usando de suas estratégias para anunciar o Seu evangelho

http://omundoegospel.blogspot.com/2009/02/cada-vez-mais-os-jogadores-evangelicos.html

Mulheres, vamos sentir prazer ! Conheça melhor o seu corpo...

Problemas Sexuais Femininos relacionados ao Desejo Sexual

Na edição passada discuti os problemas sexuais relacionados ao desejo sexual, nesta edição discutirei os problemas da fase de excitação e orgasmo. Cabe ressaltar aqui, que o problema só será um problema desde que a mulher sinta que a situação sexual a possa atrapalhar, fazer infeliz e se interpor com seus objetivos e projeto de vida. O que pode ser considerado em um diagnóstico sexológico como um problema, pode não ser considerado da mesma forma para a mulher.
Ao passar pela fase de excitação sexual, o corpo da mulher passa por modificações para se preparar para o ato sexual e qualquer diminuição ou falta de algum desses fatores fisiológicos pode gerar alguma dificuldade para a sexualidade. A área genital, e a superfície do corpo, no alto das coxas, barriga e até mesmo o peito e rosto recebem maior quantidade de sangue do que normalmente. Com a excitação a entrada da vagina se expande, relaxando para permitir a penetração. Dentro da vagina, o soro fisiológico é filtrado de dentro da barriga para dentro da vagina, assim ela fica molhada para que a penetração e os movimentos de vai-e-vem não machuquem a mulher em seu genital. O clitóris fica entumecido, mais aparente e sensível ao contato físico, os grandes lábios se retraem e os pequenos lábios aumentam de tamanho, projetando-se para fora.
A disfunção sexual que pode ocorrer na fase da excitação na mulher é o que se chama de disfunção sexual geral. Essa disfunção pode acarretar outro tipo de problema: a dispareunia. A dispareunia é o desconforto ou dor que acontecem com a penetração ou durante a relação. Neste tipo de problema sexual a mulher não sente prazer com o contato erótico sexual, trata-se de um contato desprazeroso. Pode ocorrer da mulher ter orgasmos, mesmo sem estar adequadamente excitada ou apreciando a relação.
Na fase do orgasmo encontramos as maiores queixas sexuais das mulheres. Pesquisas indicam que cerca de 35% das mulheres fingem ter orgasmos junto com seus parceiros .A esta dificuldade ou incapacidade em obter orgasmos chamamos de anorgasmia.No caso da mulher nunca sentir prazer orgásmico, sejam em relações, seja sozinha masturbando-se, falamos de uma mulher pré-orgásmica. Essa mulher ainda não aprendeu a sentir prazer. A mulher que acredita nunca ter experenciado o prazer orgásmico também encontra-se neste mesmo tipo de problema.
Quando a mulher consegue ter orgasmos com a manipulação do clitóris, com a masturbação mas não consegue nas relações coitais, então temos a anorgasmia primária. Nestes casos a mulher pode ter orgasmos enquanto se manipula e é penetrada, e o casal pode estar se adequando a essa situação. Caso a situação incomode o casal o ideal é trabalhar as dificuldades procurando um tratamento em terapia sexual.

Texto -Psicóloga Ana Paula Martinez Jordão
Divã da Dra Ana Paula:  http://anapama.zip.net/

Uma aluna de psicologia pergunta : O que é Bullying ?

Não seja uma expectadora destes comportamentos disfuncionais ! Procure ajuda !

Bullying à semelhança de comportamentos provocadores é identificado pela capacidade de magoar alguém. O sofrimento pode ser físico, psicológico, incluindo mesmo a exclusão sob a forma de marginalização social. Normalmente, estão envolvidas nesta conduta de violência três tipos de indivíduos, o espectador, a vítima e o agressor. Este tipo de violência passa muitas vezes despercebida à susceptibilidade dos pais, dos professores e da sociedade. Os pais devem ter um papel fundamental, na atuação desta situação.

Período de Copa do Mundo: Conheça a Psicologia do Esporte !

Psicologia do Esporte-Copa 2010
A psicologia do esporte é uma área da psicologia que visa promover a saúde, a comunicação, as relações interpessoais, a liderança e a melhora do desempenho esportivo. A primeira etapa para promover a saúde é ajudar o atleta a saber por que escolheu determinado esporte e quais são os seus objetivos em relação a ele. Quando o atleta conhece o que o mantém treinando, quais os esforços obtidos ao realizar aquele esporte, tem mais condições de prever e controlar seu comportamento. Muitas vezes o que mantém o atleta treinando, são esforços naturais, conseqüências do desempenho da modalidade esportiva. Mas outros reforços também podem estar em curso, o que pode fazer com que o treino gere sofrimento.
Um exemplo é quando o atleta treina para obter a atenção da família, do treinador e a atividade esportiva em si, não é reforçadora. Para esse atleta não adianta trabalhar somente com técnicas para a melhora do desempenho, mas sim mostrar que há outras maneiras de se obter a atenção, talvez através de outro esporte que lhe desse prazer.
É imprescindível que o atleta aprenda a identificar as condições que estão mantendo o seu comportamento, assim ele poderá ter mais convicção e compromisso com o esporte. É o compromisso que permitirá o trabalho com as técnicas para a melhora do rendimento.
Em relação a melhora do desempenho, os aspectos trabalhados são ; planejamento, propriocepção e concentração.
No planejamento, os objetivos são definidos através de uma análise das condições ambientais, de forma que as tarefas propostas sejam reforçadoras.
Em relação a propriocepção o objetivo é ensinar o atleta a discriminar o que está acontecendo neste sistema que transmite a estimulação dos músculos, articulações e tendões do esqueleto e de outros órgãos envolvidos na execução do movimento. Aprender a discriminar o que está acontecendo neste sistema, isto é aumentado-se a propriocepção, tem se melhores condições de organizar os esforços necessários para a atuação esportiva.
O trabalho de concentração visa ensinar o atleta a focalizar a atenção naquilo que é relevante . Para isso o atleta tem que saber o que é relevante no seu esporte e o que é relevante para ele no momento da competição.
Neste contexto o psicólogo do esporte vai ensinar o atleta a se comportar de maneira mais eficaz sob determinadas condições. Vai ensiná-lo como, aonde, com que intensidade, por quanto tempo se concentrar.
Trabalhar a concentração é fundamental, já que ela varia de esporte para esporte e, também num mesmo esporte podendo ser distributiva e ou concentrativa.
Em esportes coletivos trabalha-se também a comunicação visando a coesão do grupo , as relação interpessoais e a liderança. Otimizando os processos de interação, a organização do grupo e a condução do grupo para os objetivos planejados.
Um dos suportes principais também é o emocional, proporcionando condições para lidar com as cobranças, expectativas, competitividade, derrotas e vitórias e as conseqüências socioeconômicas que isso pode trazer para a vida do atleta e do treinador.
Infelizmente muito do que se tem visto no trabalho dos psicólogos do esporte são os chamados "pronto socorro psicológicos" (trabalhos psicológicos feitos em caracter emergencial, de curta duração nos clubes) e que acaba sendo um erro de percurso.
Alguns obstáculos ainda devem ser vencidos para ser ter esse tipo de trabalho, sendo que o principal deles é a falta de conhecimento e a postura conservadora dos dirigentes e treinadores, que devem ser desafiadas. Só assim os atletas poderão receber a totalidade dos benefícios que lhe são devidos.
Conheça mais artigos da pesquisadora Ana Paula Martinez Jordão

 Destaque para a Revista de Psicologia de Portugal   http://www.psicologia.com.pt/
Site;http://www.psicologia.com.pt/artigos/ver_opiniao.php?codigo=AOP0086

A Sexualidade não é uma construção simples como assistimos nas novelas

Problemas Sexuais Femininos

Para discutirmos sobre os problemas sexuais femininos, precisamos considerar o modelo com as fases para a resposta sexual; desejo; excitação e orgasmo (Kaplan, 1977). Em cada uma destas fases poderemos localizar tipos de “problemas” que podem afetar a vida sexual das mulheres.
Cabe ressaltar aqui, que o problema só será um problema desde que a mulher sinta que a situação sexual a possa atrapalhar, fazer infeliz e se interpor com seus objetivos e projeto de vida. O que pode ser considerado em um diagnóstico sexológico como um problema, pode não ser considerado da mesma forma para a mulher.
Alguns dos problemas sexuais femininos são a anorgasmia, dispareunia, vaginismo e inibição do desejo, nesta edição discutiremos sobre o desejo sexual.
A fase do desejo sexual faz a mulher sentir emoções e sentimentos, provocam a vontade de encontrar sensações boas, formas de prazer e, em especial o prazer sexual. É uma fase extremamente sensível às interferências dos relacionamentos entre as pessoas e uma conseqüência da sua história de vida e de seu dia a dia atual.



Nesta fase, ocorre o que deveria motivar uma mulher a buscar a atividade sexual.



A possibilidade do desejo sexual pode variar entre dois contínuos, em que de um lado pode se ter o excesso sexual e de outro a necessidade de completas e totais evitação de situações que podem conduzir a circunstâncias sexuais.



O excesso de desejo sexual (hipererosia), tem recebido, recentemente, na mídia outra denominação, a de compulsão ou obsessão sexual. A constante necessidade de buscar sexo (e não necessariamente fazê-lo) pode tomar tanto tempo do cotidiano que o atrapalha e confunde. Nos excessos a mulher passa a usar muito tempo para pensar em situações sexuais possíveis e localizar companhia para o sexo.A masturbação pode sempre ocorrer como um mecanismo intermediário, algo como um aperitivo enquanto se espera a prato principal, que somente sacia por um pouco. Esta situação pode atrapalhar o trabalho e os relacionamentos conjugal e familiar com interferências diárias. Nestas condições, geralmente a mulher começa a considerar que algo está errado.



No outro extremo, um quadro de evitação da sexualidade ou fobia sexual, ao se aproximar de situações sexuais pode provocar sensações físicas desagradáveis a exemplo de tremores, suor nas mãos e mesmo no restante do corpo, podendo chegar a ânsia de vômitos e até vômitos e desarranjos intestinais e da bexiga. Assim, essas afastando das condições que conduzem ao sexo, a mulher fica tranqüila consigo mesma. Nestes casos, a mulher não sente prazer com o sexo além de não ter nenhum desejo ou motivação de buscar sexo ou qualquer atividades sexuais. Geralmente a mulher encontra alguma forma de conviver socialmente sem o sexo, então evitando possíveis casamentos ou mesmo se casando com um homem em condições parecidas.



Os estados intermediários compreendem o desejo sexual normal, que facilita o sexo, e as inibições do desejo sexual. Nas inibições do desejo sexual podemos ter uma variação ampla. A inibição relativa, a diminuição do desejo sexual é uma situação mais comum entre a população feminina. Nestes casos a mulher tem pouca vontade de fazer sexo e pode ocorrer também desencontro entre os dois. Assim o que temos é uma inadequação sexual do casal motivada pela baixa do desejo sexual. Ainda na fase do desejo sexual, a inadequação sexual do casal pode ocorrer por diferentes vontades ou preferências de como ou do que ser quer para fazer sexo.A preferência por objetos sexuais diferentes sempre causam discussão quando querem fazer sexo.
Na próxima edição discutirei os problemas da fase de excitação sexual. Se você tiver alguma dúvida, ou queira informar-se sobre grupos de Terapia Sexual enviei um email para o endereço anapamamartinez@yahoo.com.br

   

Pós-Graduação em Sexologia Clínica

Formação Pós-Graduada


Pós-Graduação em Sexologia Clínica

CRIAP

Início 5 Junho 2010 - Lisboa

Objectivos: Ministrar conhecimentos necessários ao diagnóstico, classificação, avaliação e intervenção psicológica na área da sexualidade. Exploração de situações clínicas. Formação de acordo com protocolos de tratamento empiricamente validados. Contacto com instrumentos de avaliação. Discussão de casos clínicos.

Pós-Graduação em Investigação Criminal e Psicologia Forense

Pós-Graduação em Investigação Criminal e Psicologia Forense


Análise Exacta - Consultadoria e Formação

Junho 2010 a Maio 2011 - Coimbra

A Investigação Criminal é uma área fascinante e em constante desenvolvimento. Em Portugal é uma actividade desenvolvida predominantemente por investigadores das polícias (Judiciária, PSP e GNR), médicos legistas e magistrados. Porém, cada vez mais se valorizam os contributos de outras ciências e técnicas, tais como a psicologia e a sociologia.