domingo, 6 de junho de 2010

A Sexualidade não é uma construção simples como assistimos nas novelas

Problemas Sexuais Femininos

Para discutirmos sobre os problemas sexuais femininos, precisamos considerar o modelo com as fases para a resposta sexual; desejo; excitação e orgasmo (Kaplan, 1977). Em cada uma destas fases poderemos localizar tipos de “problemas” que podem afetar a vida sexual das mulheres.
Cabe ressaltar aqui, que o problema só será um problema desde que a mulher sinta que a situação sexual a possa atrapalhar, fazer infeliz e se interpor com seus objetivos e projeto de vida. O que pode ser considerado em um diagnóstico sexológico como um problema, pode não ser considerado da mesma forma para a mulher.
Alguns dos problemas sexuais femininos são a anorgasmia, dispareunia, vaginismo e inibição do desejo, nesta edição discutiremos sobre o desejo sexual.
A fase do desejo sexual faz a mulher sentir emoções e sentimentos, provocam a vontade de encontrar sensações boas, formas de prazer e, em especial o prazer sexual. É uma fase extremamente sensível às interferências dos relacionamentos entre as pessoas e uma conseqüência da sua história de vida e de seu dia a dia atual.



Nesta fase, ocorre o que deveria motivar uma mulher a buscar a atividade sexual.



A possibilidade do desejo sexual pode variar entre dois contínuos, em que de um lado pode se ter o excesso sexual e de outro a necessidade de completas e totais evitação de situações que podem conduzir a circunstâncias sexuais.



O excesso de desejo sexual (hipererosia), tem recebido, recentemente, na mídia outra denominação, a de compulsão ou obsessão sexual. A constante necessidade de buscar sexo (e não necessariamente fazê-lo) pode tomar tanto tempo do cotidiano que o atrapalha e confunde. Nos excessos a mulher passa a usar muito tempo para pensar em situações sexuais possíveis e localizar companhia para o sexo.A masturbação pode sempre ocorrer como um mecanismo intermediário, algo como um aperitivo enquanto se espera a prato principal, que somente sacia por um pouco. Esta situação pode atrapalhar o trabalho e os relacionamentos conjugal e familiar com interferências diárias. Nestas condições, geralmente a mulher começa a considerar que algo está errado.



No outro extremo, um quadro de evitação da sexualidade ou fobia sexual, ao se aproximar de situações sexuais pode provocar sensações físicas desagradáveis a exemplo de tremores, suor nas mãos e mesmo no restante do corpo, podendo chegar a ânsia de vômitos e até vômitos e desarranjos intestinais e da bexiga. Assim, essas afastando das condições que conduzem ao sexo, a mulher fica tranqüila consigo mesma. Nestes casos, a mulher não sente prazer com o sexo além de não ter nenhum desejo ou motivação de buscar sexo ou qualquer atividades sexuais. Geralmente a mulher encontra alguma forma de conviver socialmente sem o sexo, então evitando possíveis casamentos ou mesmo se casando com um homem em condições parecidas.



Os estados intermediários compreendem o desejo sexual normal, que facilita o sexo, e as inibições do desejo sexual. Nas inibições do desejo sexual podemos ter uma variação ampla. A inibição relativa, a diminuição do desejo sexual é uma situação mais comum entre a população feminina. Nestes casos a mulher tem pouca vontade de fazer sexo e pode ocorrer também desencontro entre os dois. Assim o que temos é uma inadequação sexual do casal motivada pela baixa do desejo sexual. Ainda na fase do desejo sexual, a inadequação sexual do casal pode ocorrer por diferentes vontades ou preferências de como ou do que ser quer para fazer sexo.A preferência por objetos sexuais diferentes sempre causam discussão quando querem fazer sexo.
Na próxima edição discutirei os problemas da fase de excitação sexual. Se você tiver alguma dúvida, ou queira informar-se sobre grupos de Terapia Sexual enviei um email para o endereço anapamamartinez@yahoo.com.br

   

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