sexta-feira, 11 de junho de 2010

Saúde da família; Promovendo a relação entre pais e filhos

                                                 Saúde da família; Promovendo a relação entre pais e filhos

Em resposta ao email enviado por um leitor ao jornal Estadão do Norte (Coluna desta articulista), estaremos conversando sobre saúde emocional na interação entre pais e filhos com dificuldades de relacionamento. É importante relembrar que as cartas e emails recebidos são tratados com confidencialidade e visando garantir o sigilo e a privacidade dos envolvidos, os dados dos casos serão alterados
Segundo o leitor, o mesmo possui um filho de 19 anos, que esta envolvido com colegas agressivos, vândalos e que usam drogas. O pai relata que o filho está sempre revoltado, não obedece suas ordens, e quando questionado agredi verbalmente e costuma quebrar objetos de valor pessoal dos pais. Relatou também que o filho desistiu de estudar e ultimamente anda “pegando’ dinheiro escondido. O último episódio do filho foi ficar vários dias fora de casa sem avisar a família, o que culminou em um problema policial envolvendo agressão a uma menor de idade. O pai questiona, se realmente um acompanhamento psicológico pode mudar a conduta do filho e se seu filho é um delinqüente.

Sim, o psicólogo faz acompanhamento psicoterápico entre pais e filhos, e o objetivo principal é conhecer as dificuldades de relacionamento da família, como isso favoreceu o desenvolvimento destas condutas no filho e como alterar essas interações gerando maior aproximação positiva entre pais e filhos. A abordagem comportamental da psicologia tem empregado técnicas eficazes e rápidas para lidar com essas situações de crise. . Usualmente desenvolve-se um programa com objetivos e tarefas definidos, como por exemplo gerar a mudança de comportamento e pensamentos irracionais, visando desenvolver relacionamentos mais sadios, ensinando os indivíduos a se comportar de forma mais eficaz diante das situações estressantes. O interessante é que está abordagem prevê o desenvolvimento do processo terapêutico fora do consultório, vivenciando as dificuldades e conhecendo mais precisamente a relação do cliente com seu ambiente .



O meu filho é delinqüente ?

Quanto a questão do seu filho ser considerado delinqüente ou não, essas nomenclaturas são usadas apenas para sistematizar um conjunto de comportamentos ou sintomas mais comuns.e facilitar a caracterização do problema. O que importa é que seu filho não nasceu com essas “características “, e elas podem ser mudadas com o auxilio da família, com orientação psicológica, com o engajamento em grupos religiosos e de auto ajuda .

O envolvimento com atividades esportivas, artes e outros robes também apoiam muito o trabalho terapêutico, e a família deve facilitar esses novos vínculos.. Neste momento de crise familiar, é imprescindível não ficar procurando “culpados:”, nem lamentando o que não foi feito. Sabemos que os pais tem suas limitações e seus problemas pessoais e não agem conscientemente no sentido de prejudicar seus filhos. Os filhos também precisam aprender a se colocar no lugar dos pais e respeitar seus limites, colaborando para o amadurecimento da família.

O comportamento “delinqüente” pode ser definido como um conjunto de ações de um jovem de menos de 18 anos de idade, e que se caracteriza por violação dos direitos básicos dos outros.. Exemplos destas ações pode ser a ocorrência freqüente de comportamentos de mentir, não sentir culpa ao fazer algo danoso com os outros, envolver-se com outros garotas e (as) que se envolvem em encrencas, brigas, episódios agressivos, fugir de casa, roubar dinheiro, provocar incêndios ou outros comportamentos inadequados em casa e na rua. Usar freqüentemente linguagem pesada e obscena, pensar demais em sexo ou fazê-lo de forma imprópria usar álcool ou outras drogas. Faltar às aulas ou fugir da escola, [podendo apresentar paralelamente déficit em habilidades socais e cognitivas e fracasso escolar sistemático. Seus precursores podem ser a desobediência, a oposição aos pais e a agressividade dentro e fora de casa, na idade pré- escolar.

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